O município de Vigia, situado na zona do Salgado, anteriormente foi uma aldeia de índios, povoada pelos tupinambás, cujo nome era ‘Uruitá’. O governo colonial transformou-a em um posto alfandegário, denominado Vigia, para fiscalizar e proteger, de contrabandistas, as embarcações que tinham como objetivo saquear Belém. Essa iniciativa foi a causa da formação do Povoado, que se elevou à Vila, em 1693. Desse modo, permaneceu até a Independência do Brasil. Em 1698, Vigia obteve a categoria de Município. Entretanto, o seu patrimônio territorial só veio a se formar em 1734, com a concessão da carta de data e sesmaria.

A partir da lei Pombalina, decretada em 1761, os jesuítas foram expulsos do Brasil e Vigia foi elevada à Paróquia secular, sendo também criado um colégio secular. Nessa época, os jesuítas fundaram o colégio São Jorge dos Álamos e os Mercedários e Carmelitas, o Colégio Madre de Deus, localizando-se anexo à Igreja de mesmo nome.

A Freguesia criada com a denominação de Nossa Senhora de Nazaré, em 1693, foi elevada à categoria de vila com a denominação Vigia, em 1698. Pela Lei de 15/10/1827 é criado o distrito de Nossa Senhora do Rosário de Colares, que foi elevado à categoria de cidade e sede do município com a denominação de Vigia pela Lei Provincial n.º 252, de 02/10/1854.

Pela Lei Provincial n.º 996, de 12/03/1880, foi criado o distrito de Porto Salvo e anexado ao município de Vigia e em divisão administrativa referente ao ano de 1911 o município aparece constituído de três distritos: Vigia, Porto Salvo e Colares.

Pelo Decreto Estadual n.º 6, de 04/11/1930, Vigia adquiriu o extinto município de Curuçá, como simples distrito e o Decreto Estadual n.º 78, de 27/12/1930, desmembra do município de Vigia o distrito de Curuçá, elevado novamente à categoria de município. Sob o mesmo decreto adquiriu o extinto município de São Caetano de Odivelas.

Em divisões territoriais datadas de 31/12/1936 e 31/12/1937, o município aparece constituído de quatro distritos: Vigia, Colares, Porto Salvo e Santo Antônio e pelo Decreto-lei Estadual n.º 4.505, de 30/12/1943, o distrito de Santo Antônio passou a denominar-se de Santo Antônio do Tauá.

Em divisão territorial datada de 01/07/1950, o município é constituído de quatro distritos: Vigia, Colares, Porto Salvo e Santo Antônio de Tauá. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 01/07/1960.

A Lei Estadual n.º 2.460, de 29/12/1961, desmembra do município de Vigia os distritos de Colares e Santo Antônio de Tauá, elevando-os à categoria de município. Pela mesma Lei foram criados os distritos de Penhalonga e Santa Rosa de Vigia, anexados ao município de Vigia.

Em divisão territorial datada de 31/12/1963 o município é constituído de quatro distritos: Vigia, Penhalonga, Porto Salvo e Santa Rosa do Vigia. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 01/01/1979 e em divisão territorial datada de 1988 o município é constituído de dois distritos: Vigia e Porto Salvo. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2020.


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